quinta-feira, 24 de julho de 2008

Jobs & Pixar & Walt Disney !


Steve Jobs, fundador da Apple, subiu ao palco, na conferência de tecnologia All Things Digital, recém realizada em Nova York, e foi logo provocando o público: “quem aí tem um iPod?” A maioria levantou a mão, exibindo o “walkman digital” inventado por ele. Jobs, ainda mais provocativo, deu uma olhadela para Bill Gates, que assistia ao encontro, e lascou: “Ei Bill, relaxa! Pode levantar o seu iPod também”. O dono da rival Microsoft sorriu, um tanto constrangido, e a platéia veio abaixo. Steve Jobs está impossível! Mais arrogante do que nunca, mais rico, mais poderoso. O homem é tratado pela mídia americana como a maior estrela corporativa do século XXI. Não à toa. Na semana passada, o ex-hippie que fundou e ressuscitou a Apple, inventou o mouse e os ícones na tela do computador, levou a animação gráfica a um novo patamar na indústria do cinema e criou a febre do momento – o tocador de MP3 iPod – tornou-se o maior acionista individual da Walt Disney Company. No dia 24/01/2006 a empresa do Mickey anunciou a compra da Pixar por US$ 7,4 bilhões no estúdio de animação gráfica de Steve Jobs. Na troca de ações Jobs ficou com 7% da Disney e se tornou o maior acionista individual da Walt Disney. Em outras palavras, vendeu mas continua dono.

Jobs terá assento no conselho da Disney, vai participar da diretoria da empresa e vigiará de perto os trabalhos da Pixar. Os executivos da Disney sabem que a presença do dono da Apple é imprescindível para o sucesso da divisão de cinema. Nas mãos de Jobs, a Pixar se transformou em uma das maiores referências do setor. Suas maiores produções foram:

1995 - Toy Story
1998 - Vida de Inseto
1999 - Toy Story 2
2001 - Monstros S.A.
2003 - Procurando Nemo
2004 - Os Incríveis
2006 - Carros
2007 - Ratatouille
2008 - Wall-E
2009 - Up (previsto)

O que lhe rendeu uma soma de 15 Oscars, só Os Incríveis, Procurando Nemo e Toy Story, têm garantido cerca de US$ 3 bilhões em bilheteria desde 1995. O empresário comprou a Pixar no final dos anos 80. A empresa pertencia a George Lucas e contava com apenas 44 funcionários. Preço do negócio na época: US$ 10 milhões. Valor de mercado da empresa hoje: US$ 7 bilhões. (bom negócio eimh?)

Jobs jogou direitinho com a Disney. As duas empresas mantinham uma associação (a Pixar produzia e a Disney distribuía os filmes) desde 1990. Com o sucesso das produções, a Pixar começou a exigir participação maior nos lucros. Diante da negativa da Disney, a Pixar anunciou, em janeiro de 2004, que iria interromper a parceria. A Disney entrou em pânico. Seus tradicionais desenhos animados feitos à mão já haviam perdido a preferência do público, assim como as histórias de princesas ou reedições de clássicos com seus principais personagens. São os personagens, aliás, que movimentam os parques temáticos, produtos de consumo e programas de TV a cabo. E nos últimos tempos, Mickey e Pateta tiveram de se curvar ao Senhor Incrível, Nemo ou Buzz LightYear. Eram as criações da Pixar que estavam girando a indústria Disney. Não houve, portanto, outra saída para o Reino Encantado a não ser comprar a Pixar, antes que algum rival o fizesse. A aquisição foi bem recebida pelo mercado: as ações do estúdio de Jobs acumularam alta de 12% no último mês apenas por conta da possibilidade do acordo com a Disney.

O criador do iPod e do iPhone está nas nuvens. Depois de acompanhar as sucessivas altas das ações de seu i-empire (como é conhecido nos EUA o império que junta Apple e Pixar) nas últimas semanas, ele enviou comunicado aos funcionários cutucando novamente um concorrente. “Pessoal, parece que o Michael Dell não é bom em prever o futuro. Nossa empresa, hoje, vale mais que a dele". Jobs se referia a uma declaração do rival feita há 10 anos, quando a Apple passava por dificuldades. Perguntado sobre o que faria se fosse o CEO da Apple, Dell afirmou: “eu a fecharia e devolveria o dinheiro aos acionistas”. "(Está aí o troco, minha mãe sempre dizia quem fala demais da bom dia a cavalo)".

“A vantagem de Jobs é que ele é visionário e altamente empreendedor. Ou seja, ele sonha e realiza, enquanto outros apenas sonham”, analisa Daniel Domeneghetti, da E-consulting, especializada em tecnologia. “E, acima de tudo, ele tem uma sorte incrível”, conclui. O que virá agora, depois de Disney, iPods, iTunes, iPhones? A indústria aposta num iMac que pode funcionar como mini-system e gravador digital de imagens de TV. E o já cantado iPod Câmera, além, é claro, da convergência do mundo Disney com o universo Apple (leia reportagem à pag.60) . Imagine comprar um seriado da Disney no iTunes, baixar num laptop iBook e transferir para um iPod. Steve Jobs é o homem que faz o mundo se divertir. Uma espécie de Walt Disney do século XXI.
Fonte: Isto é Dinheiro, Wikipédia.

Os ditadores do mundo tecnológico, Steve Jobs e Bill Gates.

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