sexta-feira, 20 de junho de 2008

Internet e o Fim dos Livros


Sou adepto de quanto menos se gastar papel melhor para todos, as florestas agradecem, além de considerar muito mais fácil e mais prático, como programador desenvolvo sistemas para tudo, controles financeiros, combustivel, até para minha coleção de DVDs, em casa de ferreiro espeto não é tão de pau assim, na faculdade não gostava de usar cadernos, era tudo digitalizado, enviava para Emails e FTP no qual tenho tudo arquivado até hoje, e se fosse em papel ?
Ass: Fabiano P.

© copyright-mangabeira (Lei nº 9.610, 19/02/1998)


Sou um livro e estou vivo.

Posso, se quiserem, conduzir-vos pela mais

etérea, íntima e simples das viagens.

[…] Eu apresento-te estas páginas de papel

cobertas de pequenos caracteres que formam

a minha figura pálida.

Bernard Werber, O Livro da Viagem




O computador tem vindo a mudar a forma como percepcionamos a cultura e o acesso ao conhecimento, a forma como entendemos a leitura e a escrita, e muitos outros processos que todos tomávamos como certos e mesmo permanentes”.
Durante séculos, o livro foi identificado como a única forma de registrar o saber e transmitir o conhecimento. Porém, com o surgimento do computador e da internet essa hegemonia foi abalada. Para entender melhor a questão, faz-se necessária a identificação das características básicas de cada um desses meios de registro.
O livro identifica-se por sua materialidade. Trata-se de um objeto de forma física definida e facilmente reconhecível. Ele é a materialização do texto, já que esse não tem existência espacial, podendo-se dizer que há uma equivalência entre os dois. No livro, as informações são oferecidas hierarquicamente, imprimindo um caráter rígido, linear e imutável à publicação.
Já o texto eletrônico, lido no ecrã, não coincide com o espaço que ocupa nem com os limites espaciais impostos pelo computador. Há uma inovação no processo de leitura, que deixa de ser linear já que não há uma forma fixa do texto. Embora o autor proponha um percurso de leitura por meio da determinação dos hiperlinks, é o leitor que constrói a narrativa ao fazer suas escolhas. Há ainda uma quantidade imensa de informação multimídia disponível e as pessoas não conseguem acessar tudo ao mesmo tempo, por isso não é possível determinar os limites do hipertexto.
Apesar de sua crescente afirmação como meio de informação da sociedade, pelo menos por enquanto, o computador não substituirá o livro. Santos acredita que os dois viverão em complementaridade. Além disso, há a respeitabilidade construída ao longo dos séculos em torno do livro e o envolvimento sensorial do leitor com o mesmo, já que pode pegá-lo e sentir seu cheiro.

Fonte: O livro e o computador de Sandra A. P. Santos





2 comentários:

Rodrigo disse...

Será mesmo que chegaremos ao ponto de aliar sensações diversas com o mundo virtual? O que você pensa realmente?

Fabiano disse...

Ja estamos vivenciando esta era, que sera consolidada ainda mais, por vicios das novas gerações, ao menos que tenhamos algum fator que freie esse mundo cibernético no qual até agora só tenho presenciado em pequenos comentários sobre os perigos que esta evoluçao pode causar, mas nada é feito com a mesma realidade atual.