quarta-feira, 2 de julho de 2008

O Perigo da moda Narguilé

Está sendo comum encontrar pelo orkut amigos, colegas, parentes, aderindo a moda de usar narguilé com a justificativa que corre entre a sociedade de que narguilé é uma prática saudável e não traz problemas como o cigarro, como não consigo entender o pq essas pessoas se deixam levar pela moda e por comentários sem fundamentações e não pesquisam a realidade do assunto resolvi eu fugir um pouco a proposta do blog e postar sobre o narguilé, para pelo menos esclarecer aos usuários terem o uso consciente.

A origem do Narguile.
Existem diversas hipóteses sobre a origem do narguile. Elas são feitas levando em conta a Europa, América, India, Pérsia e África. Aqueles que tentam arduamente descrever a história oficial do tabaco mencionam sua origem como americana e a transmissão de modalidades como européia (dos cachimbo comuns até mesmo ao narguile). Este argumento indica que os Europeus teriam ensinado aos povos asiáticos e africanos a fumar, particularmente através de uma tubo. A conseqüência disso é que antes da chegada do tabaco nenhuma erva foi inalada na Europa, África, ou seja, lá onde for.
O Narguile.
O narguile consiste em várias peças: corpo, aro, tubo e piteira.
Corpo: Esta é a peça central do narguile e se parece com um decantador. Esta parte é cheia com água. Essa água limpa a fuligem que é queimada do tabaco e também absorve a nicotina. Ela é geralmente feita de vidro ou metal e você pode também encontrar algumas mais elegantes feitas de porcelana com decorações pintadas em dourado, prateado ou coloridas em diversas cores.
Aro: O tabaco é colocado no topo do narguile que é perfurada e coberto com um aro cilíndrico para que a brasa seja protegida do vento.
Tubo: Tubo que transmite a fumaça do narguile. Pode haver mais de um tubo em um narguile para que uma ou mais pessoas possam fumar juntos.
Piteira: Piteira colocada na extremidade do tubo
Tabaco do Narguile. O tabaco pode ser feito com 2 ou 3 ingredientes principais. O primeiro se chama muessel que significa literalmente "adoçado". Este nome foi dado devido ao ingrediente usado como uma espécie de cola tipo melaço ou mel. O melaço é um subproduto do açúcar. O segundo ingrediente é o "tumbak" que é propriamente o tabaco. O terceiro ingrediente seria o "jurak" de origem indiana, pode ser considerado como uma substância intermediária entre as primeiras citadas. Esta substância é muito apreciada na península arábica. As frutas e óleos seriam também adicionadas ao tabaco.
Saúde
Os efeitos à saúde causados pelo fumo do tabaco são largamente conhecidos e se aplicam também ao uso do narguilé, contrariando a crença popular de que a água ajudaria a filtrar as impurezas do fumo, tornando-o menos nocivo à saúde. Recentes estudos, inclusive, indicam que seu uso pode ser ainda pior para a saúde do que o cigarro.
Além do mais, a Organização Mundial de Saúde alerta que a fumaça do narguilé contém inúmeras toxinas que podem causar câncer de pulmão, doenças cardíacas entre outras. E que, em uma sessão de narguilé - que pode durar de vinte minutos a uma hora – a quantidade de fumaça inalada corresponde a mesma inalada ao se fumar 100 cigarros comuns.
A Academia Estadunidense de Periodontologia afirma que o uso do narguilé é comparável ao cigarro, em relação aos riscos de doenças da gengiva.
George Loffredo, professor da universidade de Georgetown que conduziu estudo sobre o uso do narguilé no Egito acredita que, comparado ao fumante típico de cigarros, o fumante de narguilé expõe-se mais a toxinas como nicotina e monóxido de carbono.
Contrapondo estes estudos, Kamal Chaouachi, pesquisador em socio-antropologia e tabacologia, entende que, embora o narguilé tenha efeitos nocivos à saúde, é possível que eles sejam menores que os do cigarro (por exemplo, em relação ao câncer de pulmão). Ele tece ainda severas críticas aos principais estudos sobre o narguilé (inclusive à nota da Organização Mundial de Saúde citada acima). Segundo ele, a maioria deles tem problemas metodológicos (como não distinguir entre usuários exclusivos e os que são fumantes ou ex-fumantes de cigarros) e ignoram os resultados de importantes estudos sociológicos, etnológicos e antropológicos sobre o assunto.

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